O Cidadania tem orgulho de sua história única, de lutas e grandes transformações. Para começar a contar essa jornada é preciso retornar ao ano de 1922, quando o Brasil vivia um período de efervescência, que resultou na Semana de Arte Moderna. Neste ano fundamental para a compreensão do país está registrada também a fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), em um congresso realizado dias 25, 26 e 27 de março, no Sindicato dos Alfaiates e Metalúrgicos, em Niterói.
À frente do partido, que representava uma nova forma de ver o mundo iniciada com a Revolução Russa de 1917, o intelectual fluminense Astrojildo Pereira, então um jovem visionário, reuniu oito camaradas egressos do sindicalismo anarquista para fundar o primeiro partido de orientação marxista-leninista do Brasil. Dois anos após o congresso, em 1924, o PCB foi admitido como membro da Internacional Socialista, com sede em Moscou.
Por defender ideias revolucionárias, o PCB conviveu com a clandestinidade por longos períodos de sua história. Em 1935, o partido fez parte da Aliança Nacional Libertadora e esteve à frente do levante conhecido como a Intentona Comunista, que falhou em sua tentativa de tomar o poder por meio de uma revolta armada. Líder e inspiração do movimento, Luís Carlos Prestes passou nove anos preso até ser beneficiado pela anistia, retornando ao cenário político como senador eleito pelo PCB, em 1945. Nesta legislatura o “Cavaleiro da Esperança” foi colega do deputado comunista e escritor Jorge Amado, ícone da nossa cultura.